terça-feira, 6 de novembro de 2012

Ecologia - Temas da atualidade


Furacão Sandy deve afetar 50 milhões de pessoas nos EUA


28/10/2012 - Técnico remove equipamentos do subsolo do parque de energia de Nova York. A cidade se prepara para a chegada do furacão Sandy Foto: AFP
O furacão Sandy pode ser a maior tempestade a atingir os Estados Unidos quando chegar ao país na noite de segunda-feira, causando ventos fortes e inundações perigosas à Costa Leste, disseram meteorologistas neste domingo.
Sandy pode ter um impacto brutal nas principais cidades da zona que provavelmente será atingida, como Boston, Nova York, Washington, Baltimore e Filadélfia, numa das regiões mais densamente povoadas do país, onde vivem dezenas de milhões de pessoas.
O governo Obama estimou que 50 milhões de pessoas serão atingidas pela passagem do furacão. "Só o tamanho dele, afetando uma área densamente povoada, fará história", disse Jeff Masters, especialista em furacões.
Meteorologistas disseram que Sandy é uma "super tempestade" rara e híbrida, criada por uma corrente de vento ártico envolvendo uma tempestade tropical, possivelmente provocando 30 cm de chuva em algumas áreas, assim como uma forte nevasca. Autoridades de vários estados que estão no caminho do Sandy tiveram que tomar decisões duras sobre planos de emergência, incluindo retiradas obrigatórias de moradores em áreas costeiras vulneráveis. Multidões correram para comprar suprimentos antes que a tempestade atingisse o continente, na noite de segunda-feira.
A cidade de Nova York vai suspender os serviços de trem, metrô e ônibus na noite deste domingo e fechar escolas na segunda-feira em preparação para o furacão Sandy, disse o prefeito Michael Bloomberg. O governador de Nova Jersey, Chris Christie, ordenou o fechamento de cassinos e começou os preparativos em caso de o estado ter que fechar seus sistemas de ônibus e trens.
Em sua atual rota projetada, o Sandy deve atingir a terra entre a região de Nova York e Nova Jersey e seguir para o interior até Filadélfia e Pensilvânia, disseram os meteorologistas.
Tempestade excepcionalmente grandeOs meteorologistas do Centro Nacional de Furacões dos EUA, em Miami, disseram que ainda era cedo demais para prever precisamente onde a tempestade chegaria à terra, mas que o impacto seria sentido mesmo bem longe do centro do furacão.
Embora os ventos de 120 km/h do Sandy não sejam fortes demais para um furacão, sua extensão tornava-o excepcional. A força dos ventos de um furacão se estendem 280 km a partir de seu centro. Não se esperava que Sandy ganhe força, mas que aumente seu volume. Segundo o site da Administração Nacional Atmosférica e Oceânica (Noaa), o Sandy pode ser a maior tempestade a atingir os Estados Unidos.
Na maré alta, a tempestade poderia aumentar o nível da água do mar em até 3,4 m acima dos níveis normais em Long Island Sound e no porto de Nova York. A tempestade poderia provocar a pior enchente em Connecticut em mais de 70 anos, disse o governador do Estado, Dannel P. Malloy. Sandy estava situado a 420 km a sudeste de Cape Hatteras, na Carolina do Norte, na manhã de domingo, disse o centro de furacões.
A tempestade seguia sobre o paralelo atlântico até a costa dos EUA a 17 km/h, mas deve fazer uma curva acentuada para o oeste em direção à costa dos EUA na noite de domingo.
O Sandy matou ao menos 66 pessoas ao passar pelas ilhas do Caribe, incluindo 51 no Haiti, a maioria em consequência de enchentes relâmpago e deslizamentos de terra, segundo as autoridades.

sábado, 18 de agosto de 2012

INFECÇÕES SEXUALMENTE TANSMISÍVEIS













CÉLULAS DE DIVERSOS MATERIAIS

Célula de massa de modelar em prato de vidro

Célula de massa de modelar em pedra de ceramica

Célula de massa de modelar, papelão e gel de cabelo.

Célula de papel, cartolina e isopor

Célula de massa de modelar em azulejo.

Célula de massa de modelar e papel ofício.

Célula de massa de modelar e caixa de papelão. 

Célula de massa de modelar,papel, fita adesiva e caixa de sapato.

Célula de massa de modelar e pedra de ceramica.

 Célula de massa de modelar e pedra de ceramica com as organelas em destaque.

Imagens ROCLINS.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

O núcleo celular


O Núcleo celular

O núcleo, de forma geral a maior organela celular eucarionte, medindo cerca de 5μm, é a região delimitada por membrana, onde se localizam os cromossomos e um ou mais nucléolos mergulhados no nucleoplasma ou também cariolinfa. 
Foi identificado e descrito inicialmente em 1833, pelo botânico escocês Robert Brown, ao analisar tecidos vegetais. Em suas observações descobriu que a maioria das células apresentava uma estrutura interna, com morfologia esférica ou ovóide, recebendo desde então a denominação ‘núcleo’.
Atualmente sabemos que existem células com apenas um núcleo, outras binucleadas (com dois núcleos), multinucleadas (com vários núcleos) e anucleadas (que perderam o núcleo durante a diferenciação). 

Células epiteliais (pele) mono nucleadas.


Células hepáticas (figado) binucleadas.


Células musculares estriadas (coração) multinucleadas. 

Hemácias (células sanguíneas) anucleadas.



A membrana nuclear ou carioteca (karyon = núcleo; théke = invólucro) é formada por duas camadas lipoprotéicas, separadas entre si por um espaço perinuclear transpassado por numerosos poros com 100nm de diâmetro, funcionando como válvulas, que regulam a entrada e saída de substâncias comunicantes entre o núcleo e o citoplasma, armazenando e protegendo o material genético. 
De acordo com o estágio do ciclo celular, o núcleo pode assumir comportamento distinto: totalmente íntegro e funcionante durante a interfase e desintegrado quando a célula se encontra em divisão (mitose e meiose). 
A cariolinfa, semelhante a um colóide, é constituída por água, sais minerais, proteínas e materiais que participam da síntese de ácidos nucléicos (moléculas de DNA e RNA). E também uma massa corpuscular densa, o nucléolo, um significativo acúmulo de proteínas onde se formam os ribossomos.
Por Krukemberghe Divino Kirk Da Fonseca Ribeiro.

Componentes do núcleo


Carioteca ou envelope nuclear

Um dos componentes fundamentais do núcleo das células eucariontes é a carioteca, também conhecida como envoltório nuclear, envelope nuclear, invólucro nuclear ou, ainda, cariomemebrana. Trata-se de uma complexa estrutura, constituída por duas membranas lipoproteicas justapostas e revestidas internamente por uma lâmina de filamentos proteicos.
A membrana mais externa da carioteca tem continuidade com as membranas do retículo endoplasmático e apresenta ribossomos aderidos à superfície em contato com o citoplasma. A membrana mais interna da carioteca apresenta uma constituição química ligeiramente diferente da membrana externa. Em determinados pontos da carioteca, as duas membranas encontram-se fundidas originando poros, através dos quais ocorre troca de substâncias entre o núcleo e o citoplasma. Entre as membranas existe um espaço curto denominado cavidade perinuclear.
Na parte interna, encontra-se aderida à carioteca a lâmina nuclear, formada por uma rede de filamentos de proteínas de aproximadamente 10nm de espessura, cuja função é conferir sustentação e manter a forma do envoltório nuclear. Durante a divisão celular, a carioteca é desintegrada e as proteínas que compõem a lâmina nuclear são fosforiladas; no final do processo (telófase), ela é novamente formada nos núcleos resultantes.
A carioteca permite que o conteúdo nuclear seja quimicamente diferenciado do meio citoplasmático, assim, somente as moléculas apolares menores têm livre passagem, por difusão, pelas membranas lipoproteicas da carioteca. Substâncias maiores, como proteínas, RNA e moléculas polares, só podem entrar ou sair do núcleo por meio dos poros nucleares.
Em cada poro nuclear existe uma espécie de válvula denominada complexo do poro, estrutura proteica que se abre permitindo a passagem de algumas moléculas (especialmente as hidrossolúveis) e fecha-se em seguida. Estima-se que exista cerca de 2000 poros nucleares na carioteca de uma célula de um vertebrado, no entanto, essa quantidade pode variar de acordo com a função da célula.
É comum o emprego do termo membrana nuclear ao fazer referência à carioteca. No entanto, este termo não é adequado, uma vez que a carioteca é composta de duas membranas e não de uma apenas.
Por Mayara Lopes Cardoso                     

Poro nuclear.
Cromatina

A cromatina é uma proteína composta por grande número de aminoácidos ligados a um radical de ácido nucleico representado por uma molécula de DNA (ácido desoxirribonucleico). Os ácidos nucleicos encontram-se, geralmente, na forma de dupla-hélice. As principais proteínas que compõem a cromatina são as histonas.
O retículo nuclear é uma rede de cromatinas. Esses filamentos são denominados cromonemas. Às vezes, os cromonemas se enroscam, formando um novelo bem corável pelos corantes básicos. Esse corpo globoso rico em cromatina (e, portanto, em DNA) é um falso nucléolo ou cariossomo.
Sabe-se que os filamentos de cromatina intercalam pontos de eucromatina com pontos de heterocromatina. Essas duas variedades de cromatina procedem diferentemente, de acordo com o momento da vida da célula. Na interfase, os segmentos de heterocromatina se mostram espiralizados (semelhante ao fio de um telefone), enquanto os segmentos de euro cromatina se mostram distendidos. Assim, os cromonemas se apresentam mais grossos e mais coráveis nos pontos de heterocromatina e são tão finos que ficam quase imperceptíveis ao nível dos pontos de euro cromatina.
Quando a célula entra em mitose, os cromonemas assumem um novo aspecto. Tomam formato de uma “mola”, que recebe o nome de cromossomo. Portanto, os cromossomos são formados pelo espiralamento grosso dos cromonemas que, por sua vez, são formados por cromatina.

Diferentes níveis de condensação do DNA. (1) Cadeia simples de DNA . (2) Filamento de cromatina (DNA com histonas). (3) Cromatina condensada em interfase com centrômeros. (4) Cromatina condensada em prófase. (Existem agora duas cópias da molécula de DNA) (5) Cromossoma em metáfase.
A cromatina.
A estrutura dos cromossomos
 
Cromossomos da célula interfásica - O período de vida da célula em que ela não está em processo de divisão é denominado interfase. A cromatina da célula interfásica, como já foi mencionada, é uma massa de filamentos chamados de cromossomos. Se pudéssemos separar, um por um, os cromossomos de uma célula interfásica humana, obteríamos 46 filamentos, logos e finos. Colocado em linha, os cromossomos humanos formariam um fio de 5 cm de comprimento, invisível ao microscópio óptico, uma vez que sua espessura não ultrapassa 30 nm.


Constituição química e arquitetura dos cromossomos - Descobrir a natureza química dos cromossomos foi uma árdua tarefa que mobilizou centenas de cientistas e muitos anos de trabalho. O primeiro constituinte cromossômico a ser identificado foi o ácido desoxirribonucleico, o DNA.
Em 1924, o pesquisador alemão Robert J. Feugen desenvolveu uma técnica especial de coloração que permitiu demonstrar que o DNA é um dos principais componentes dos cromossomos. Algum ano mais tarde descobriu-se que a cromatina também é rica em proteína denominada histona.
 Cromossomos da célula em divisão - Quando a célula vai se dividir o núcleo e os cromossomos passam por grandes modificações. Os preparativos para a divisão celular têm inicio com a condensação dos cromossomos, que começam a se enrolar sobre si mesmos, tornando-se progressivamente mais curtos e grossos, até assumirem o aspecto de bastões compactos.
 Constrições cromossômicas - Durante a condensação cromossômica, as regiões eucromáticas se enrolam mais frouxamente do que as heterocromáticas, que estão condensadas mesmo durante a interfase. No cromossomo condensado, as heterocromatinas, devido a esse alto grau de empacotamento, aparecem como regiões “estranguladas” do bastão cromossômico, chamadas constrições.

Centrômero e cromátides - Na célula que está em processo de divisão, cada cromossomo condensado aparece como um par de bastões unidos em um determinado ponto, o centrômero. Essas duas “metades” cromossômicas, denominadas cromátides-irmãs são idênticas e surgem da duplicação do filamento cromossômico original, que ocorre na interfase, pouco antes de a divisão celular se iniciar.
Durante o processo de divisão celular, as cromátides-irmãs se separam: cada cromátide migra para uma das células-filhas que se formam.
O centrômero fica localizado em uma região heterocromática, portanto em uma constrição que contém o centrômero é chamada constrição primária, e todas as outras que porventura existam são chamadas constrições secundárias.


As partes de um cromossomo separadas pelo centrômero são chamadas braços cromossômicos. A relação de tamanho entre os braços cromossômicos, determinada pela posição do centrômero, permite classificar os cromossomos em quatro tipos:
Metacêntrico: possuem o centrômero no meio, formando dois braços de mesmo tamanho;
Submetacêntricos: possuem o centrômero um pouco deslocado da região mediana, formando dois braços de tamanhos desiguais;
Acrocêntricos: possuem o centrômero bem próximo a uma das extremidades, formando um braço grande e outro muito pequeno;
Telocêntricos: possuem o centrômero em um das extremidades, tendo apenas um braço. 



Nucléolo

Na fase que a célula eucariótica não se encontra em divisão é possível visualizas vários nucléolos, associados a algumas regiões específicas da cromatina. Cada nucléolo é um corpúsculo esférico, não membranoso, de aspecto esponjoso quando visto ao microscópio eletrônico, em geral um ou dois, rico em RNA ribossômico (a sigla RNA provém do inglês Ribo Nucleic Acid). Este RNA é um ácido nucleico produzido a partir o DNA das regiões específicas da cromatina (regiões organizadoras de nucléolo) e se constituirá um dos principais componentes dos ribossomos presentes no citoplasma.
É importante perceber que ao ocorrer a espiralação cromossômica os nucléolos vão desaparecendo lentamente. Isso acontece durante os eventos que caracterizam a divisão celular. O reaparecimento dos nucléolos ocorre com a desespiralação dos cromossomos, no final da divisão do núcleo à medida que os ribossomos amadureçam e saem do núcleo através do poro para atuar no citoplasma. Portanto, o nucléolo é um aglomerado dinâmico de partículas ribossômicas em formação.

Nucleoplasma ou cariolinfa

É uma massa incolor constituída principalmente de água, proteínas e outras substâncias, o que faz com que o nucleoplasma seja muito parecido com o hialoplasma. Sua função é preencher o núcleo celular que contém os filamentos de cromatina e o nucléolo.
É um local onde ocorrem reações e sua composição química é variada. Uma das reações é a duplicação do DNA e a síntese do RNA.
O nucleoplasma ou cariolinfa é uma solução aquosa. Nela estão presentes diversos tipos de íons, aminoácidos, metabólitos e precursores diversos, enzimas para a síntese de DNA e RNA, receptores para hormônios, moléculas de RNA de diversos tipos e outros constituintes.

Glossário (Alguns termos básicos em genética)

Cromossomo - Corpo ou filamento de cromatina que contém os fatores da hereditariedade.

Cromátides-irmãs - A interfase é a preparação da célula para a divisão. É um processo de intensa produção de proteínas, onde ocorre a duplicação do material genético. Os dois braços do cromossomo duplicado permanecem unidos por uma proteína chamada coesina. Estas duas fitas unidas pela coesina são chamadas de cromátides-irmãs, e irão se separar somente na anáfase.

Centrômero - Parte mais condensada, geralmente central, do cromossoma, por onde ele se fixa ao fuso acromático durante a divisão celular que ocorre na mitose.

Gene – Elemento do cromossoma constituído por um segmento de A. D. N., que condiciona a transmissão e a manifestação dos caracteres hereditários.

Genoma – Conjunto de toda a informação genética de um indivíduo ou de uma espécie, codificada no ADN.

Autossomo – Cromossoma que faz parte do patrimônio genético do indivíduo, mas não participa na determinação do sexo.

Cromossomo sexual – é um tipo de cromossomo, encontrado em suas células, na maioria dos organismos determina o sexo dos indivíduos.

Cromossomos homólogos – São cromossomos de origem paterna e materna que apresentam genes para as mesmas características. Num par, os dois homólogos possuem genes para os mesmos caracteres.

Célula diploide e haploide - Células diploides são aquelas cujos cromossomos se organizam em pares de cromossomos homólogos, e assim, para cada característica existem pelo menos dois genes, estando cada um deles localizado num cromossomo homólogo. Diz-se que estas células possuem 2n cromossomos, onde n é o número de cromossomos característico da espécie em causa, ou "número haploide”.
No caso da espécie humana, n corresponde a 23 cromossomos por célula, pelo que as células somáticas possuem 2n, ou seja, 46 cromossomos. Quando ocorre a fecundação, os 23 cromossomos presentes no espermatozoide juntam-se com os 23 cromossomos presentes no óvulo.
As mulheres possuem o último par de cromossomos, o 23º, igual a XX onde X é um tipo de cromossomo. Já os homens o possuem como XY, o que determina seu sexo.

Questões

1.Uma célula que apresenta grande quantidade de síntese proteica tende a apresentar, em geral, um grande nucléolo. Explique esta relação.
2.Considerando o núcleo interfásico, diferenciar a eucromatina de heterocromatina.
3.Como são classificados os cromossomos, em relação à posição do centrômero?
4.A figura representa a ultraestrutura de uma célula eucariota nas quais vários componentes estão indicados por números:


 

Marque a opção INCORRETA:
a)As estruturas 1 e 2 estão diretamente relacionadas com a síntese de glicoproteínas.                             
b) A estrutura 4 é originada a partir de áreas especiais de cromossomos e produz ribossomos.
c) A estrutura 3 está relacionada com a síntese de substâncias orgânicas a partir de inorgânicas.
d) A estrutura 5 é responsável pela formação do fuso que liga aos centrômeros dos cromossomos.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

a vida no interior de uma célula


A vida no interior da célula - parte I





TAREFINHA DE CASA – Organelas


TAREFINHA DE CASA – Organelas

1.      Na(s) questão(ões) a seguir, escreva no espaço apropriado a soma dos itens corretos.

Sobre células, organelas celulares e suas funções, é correto afirmar que:
01 - As mitocôndrias estão presentes tanto em células animais quanto em vegetais e são responsáveis pela produção de energia.
02 - Lisossomas são organelas responsáveis pela digestão intracelular.
04 - Numa célula onde se processa intensa síntese de proteínas encontra-se bastante desenvolvido o retículo endoplasmático granular ou rugoso.
08 - Um organismo multicelular que produza gás carbônico e água a partir da glicose apresenta obrigatoriamente cloroplastos.
16 - A remoção dos centríolos de uma célula impede o processo da fotossíntese,
32 - Os ribossomos podem ser encontrados aderidos ao retículo endoplasmático agranular ou liso.
64 - Entende-se por permeabilidade seletiva o controle de entrada e saída de substâncias da célula, feito pela membrana celular.
Soma (        )
2.      No citoplasma das células são encontradas diversas organelas, cada uma com funções específicas, mas interagindo e dependendo das outras para o funcionamento celular completo. Assim, por exemplo, os lisossomos estão relacionados ao complexo de Golgi e ao retículo endoplasmático rugoso, e todos às mitocôndrias.
a) Explique que relação existe entre lisossomos e complexo de Golgi.
b) Qual a função dos lisossomos?
c) Por que todas as organelas dependem das mitocôndrias
?

3.      Na digestão intracelular, formam-se no interior do citoplasma celular os VACÚOLOS DIGESTIVOS, que derivam da associação de:
a) fagossomas e pinossomos.
b) fagossomas e ribossomas.
c) lisossomas e orgânulos intracitoplasmáticos.
d) ribossomas e vesículas de pinocitose.
e) lisossomas e fagossomas.

4.      Quais são as funções das seguintes organelas citoplasmáticas?
a) mitocôndrias             b) cloroplastos           c) ribossomos
d) centríolos                             e) lisossomos

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Citologia - ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS


Organelas citoplasmáticas

Retículo endoplasmático

O citoplasma das células eucariontes contém inúmeras bolsas e tubos cujas paredes têm uma organização semelhante à da membrana plasmática. Essas estruturas formam uma complexa rede de canais interligados, conhecida pelo nome de retículo endoplasmático, que pode ser de dois tipos: Rugoso (granular) e liso (agranular). O rugosa, ou ergastoplasma é formado por sacos achatados, cujas membranas têm aspecto verrugoso devido à presença de ribossomos aderidos à sua superfície externa. O liso é formado por estruturas membranosas tubulares, sem ribossomos aderidos, portanto de superfície lisa. Os dois tipos estão interligados e a transição entre eles é gradual, observando o retículo endoplasmático, partindo do rugoso em direção ao liso, vemos as blosas tornarem-se menores e à quantidade de ribossomos aderidos diminui progressivamente, até deixar de existir.
O retículo endoplasmático atua como uma rede de distribuição de substâncias  no interior da célula. No líquido existente dentro de suas bolsas e tubos, diversos tipos de substâncias se deslocam sem se misturar com o citosol. Outras funções são: o armazenamento de substâncias e o controle da pressão osmótica do hialoplasma. O retículo Endoplasmático liso também é responsável pela produção de lipídios, desintoxicação do organismo (fígado) e ajuda a catalisar as reações químicas na célula, já o rugoso é responsável pela produção de proteínas graças a presença dos ribossomos. As proteínas fabricadas penetram nas bolsas e desloca-se em direção ao aparelho de golgi, passando pelos estreitos e tortuosos canais do retículo endoplasmático liso.

Funções do retículo endoplasmático
O retículo endoplasmático, além de conduzir substâncias pelo citoplasma, é o local de produção de várias substâncias importantes. Por exemplo, a síntese de diversos lipídios, como colesterol, fosfolipídios e hormônios esteróides, ocorre no retículo endoplasmático granular. Já o retículo endoplasmático granular, graças aos ribossomos, fabrica diversos tipos de proteínas. O retículo endoplasmático agranular também participa dos processos de desintoxicação das células. No retículo agranular das células do fígado, por exemplo, ocorre modificação ou destruição de diversas substâncias tóxicas, entre elas o álcool.

RE rugoso:
também chamado de ergastoplasma, é formado por bolsas membranosas achatadas, com grânulos – os ribossomos – aderido à superfície externa. Sua principal função, graças aos ribossomos presente, é a síntese de proteínas.
RE liso: é formado por tubos membranosos lisos, sem ribossomos aderidos. Suas principais funções são: síntese de diversos lipídios, como o colesterol, hormônios esteróides e fofolipídios. É no RE liso que também ocorre o processo de desintoxicação das células.

Complexo de Golgi

O aparelho de golgi está presente em praticamente todas as células eucariontes, consistindo em bolsas membranosas achatadas, empilhadas como pratos, chamadas Dictiossomos. Em células animais os dictiossomos geralmente encontram-se reunidos próximo ao núcleo, já nas células vegetais, geralmente os dictiossomos se encontram espalhados pelo citoplasma.
O complexo de golgi atua como centro de armazenamento, transformação, empacotamento e remessa de substâncias na célula, além de atuar na secreção do ácido pancreátil, na produção de polissacarídeos (muco, glicoproteína-RER), na produção de lipídios, na secreção de enzimas digestivas, formação da lamela média em células vegetais, formação do lisossomo e na formação do acromossomo do espermatozóide. 
O aparelho de Golgi desempenha papel fundamental na eliminação de substâncias úteis ao organismo, processo denominado secreção celular.


Lisossomos

Os lisossomos (do grego lise, quebra, destruição) são bolsas membranosas que contêm enzimas capazes de digerir diversas substâncias orgânicas. Existem mais de cinquenta tipos de enzimas hidrolíticas (atuam por hidrólise) alojadas no interior das pequenas bolsas lisossômicas. Os lisossomos estão presentes em praticamente todas as células eucariontes, sua origem é o Aparelho de Golgi. O retículo endoplasmático rugoso produz enzimas que migram para os dictiossomos (complexo de Golgi), são identificadas e enviadas para uma região especial do Aparelho de Golgi, onde são empacotadas e liberadas na forma de pequenas bolsas.
Funções: Uma das funções dos lisossomos é a digestão intracelular. As bolsas formadas na fagocitose ou na pinocitose, que contêm partículas capturadas do meio externo, fundem-se com os lisossomos, originando bolsas maiores, onde a digestão ocorrerá. As bolsas originadas pela fusão de lisossomos com fagossomos ou pinossomos são denominadas vacúolos digestivos; em seu interior as substâncias presentes nos fogossomos ou pinossomos são digeridas pelas enzimas lisossômicas. Com a digestão intracelular as partículas capturadas pelas células são quebradas em pequenas moléculas que atravessam a membrana do vacúolo digestivo, passando pelo citosol. Estas moléculas fornecem energia à célula e serão utilizadas na fabricação de novas substâncias. Os materiais não digeridos no processo digestivo permanecem dentro do vacúolo, que passa a ser chamado vacúolo residual.
Muitas células eliminam o conteúdo do vacúolo residual para o meio exterior. Este processo é chamado de clasmocitose ou defecação celular. O vacúolo residual encosta-se à membrana plasmática, fundindo-se nela e lançando seu conteúdo para o meio externo.
Outra função do lisossomo é a autofagia (do grego auto, próprio e phagin, comer). Autofagia é uma atividade indispensável à sobrevivência de qualquer célula. Ela é o processo pelo qual as células digerem partes de si mesmas, com o auxílio de seus lisossomos. A autofagia é, em outras situações, uma atividade puramente alimentar. Quando um organismo é privado de alimento e as reservas de seu corpo se esgotam, as células passam a digerir partes de si mesma, como estratégia de sobrevivência. A autofagia permite destruir organelas celulares desgastadas e reaproveitar alguns de seus componentes. Este processo inicia-se com os lisossomos, que se aproximam, cercam e envolvem a estrutura a ser eliminada, que fica contida em uma bolsa repleta de enzimas, denominado vacúolo autofágico. Uma célula do nosso fígado, a cada semana, digere e reconstrói a maioria de seus componentes. Além das funções citadas acima, os lisossomos têm como função a citólise ou autólise, que o processo pelo qual a célula toda é digerida. Isto acontece com a cauda do girino, na sua transformação para a fase adulta.


Peroxissomos

São bolsas membranosas que contêm alguns tipos de enzimas digestivas, semelhantes aos lisossomos, como a catalase, que transforma o H2O2 (água oxigenada, formada na degradação dos aminoácidos e das gorduras) em H2O (água) e O2 (oxigênio),   e outras, em menor quantidade,   que degradam gorduras e aminoácidos. Além disso, os peroxissomos também atuam no processo de desintoxicação das células. Pelo qual os peroxissomos absorvem substâncias tóxicas, modificando-as de modo a que não causem danos ao organismo.
Os tipos de enzimas presentes nos peroxissomos sugerem que, além da digestão, eles participem da desintoxicação da célula. O peróxido de hidrogênio, que se forma normalmente durante o metabolismo celular, é tóxico e deve ser rapidamente eliminado.


Centríolos

No citoplasma das células animais encontramos dois cilindros formando um ângulo reto entre si: são os centríolos. Eles estão localizados em uma região mais densa do citoplasma, próximo ao núcleo. Essa região chama-se centrossomo. Cada centríolo é formado por microtúbulos dispostos de modo característico: há sempre nove grupos de três microtúbulos, formando a parede do cilindro. Os centríolos podem se autoduplicar, isto é, orientar a formação de novos centríolos. Eles têm duas funções: na divisão celular das células animais e na formação de cílios (estruturas curtas e numerosas) e flagelos (estrutura longa e em pequeno número), pelo corpo basal, que servem para a locomoção ou para a captura de alimento.


Ribossomos

Presentes em todos os seres vivos são grãos formados por ácido ribonucléico (RNA) e proteínas. Nas células eucarióticas, os ribossomos podem aparecer livres no hialoplasma ou associados a membrana do retículo (RE rugoso). É nos ribossomos que ocorre a síntese das proteínas. A síntese é feita através da união entre aminoácidos, sendo o mecanismo controlado pelo RNA. Este é produzido no núcleo da célula, sob o comando do DNA. O RNA, apoiado num grupo de ribossomos chamado polirribossomo ou polissoma, comanda a seqüência de aminoácidos da proteína. Durante esse trabalho, os ribossomos vão "deslizando" pela molécula de RNA, à medida que a proteína vai sendo fabricada.


Vacúolos

São cavidades do citoplasma visíveis ao microscópio óptico. Além destes, há outros dois tipos de vacúolos, como o vacúolo contrátil e o vacúolo de suco celular.
Vacúolo Contráteis: presentes nos protozoários de água doce – encarregam-se de eliminar o excesso de água das células, além de eliminar também, substâncias tóxicas ou em excesso.
Vacúolo de Sulco Celular: é característico das células vegetais, que armazena diversas substâncias. A coloração das flores, por exemplo, deve-se às antocianinas, pigmentos que se encontram dissolvidos nesse vacúolo.
Vacúolos digestivos
Fagossomos e pinossomos, que contém material capturado do meio pela célula, fundem-se com lisossomos, originando bolsas membranosas chamadas vacúolos digestivos. As enzimas lisossômicas digerem as substâncias capturadas, quebrando-as e reduzindo-as a moléculas menores. Estas atravessam a mesma membrana do vacúolo digestivo e saem para o citosol, onde serão utilizadas como matéria-prima ou fonte de energia para os processos celulares.
Eventuais restos da digestão, constituídos por material não digerido e enzimas, permanecem dentro do vacúolo, agora denominado vacúolo (ou corpo) residual. Este expulsa o conteúdo da célula por clasmocitose.
Vacúolos autofágicos e heterofágicos
Partes da célula, como, por exemplo, organelas velhas e desgastadas são constantemente atacadas e digeridas pela atividade lisossômica. Dessa forma, seus componentes moleculares podem ser reaproveitados.
Os lisossomos fundem-se em torno de uma parte celular a ser digerida, formando uma bolsa membranosa chamada vacúolo autofágico (do grego autós próprio, e phagos, comer). Essa denominação ressalta o fato de o material digerido no vacúolo ser uma parte da própria célula. Quando o material digerido vem de fora da célula, capturado por fagocitose ou pinocitose, fala-se em vacúolo heterofágico (do grego heteros, outro, diferente).


Mitocôndrias

As mitocondrias são organóides celulares – presentes nos eucariontes – delimitadas por duas membranas lipoprotéicas. A membrana externa é lisa, e a interna apresenta inúmeras pregas, chamadas cristas mitocôndriais, que se projetam para o interior da organela. Entre as cristas há uma solução chamada matriz mitocondrial. Essa solução viscosa é formada por diversas enzimas, DNA, RNA, pequenos ribossomos e outras substâncias. A mitocôndria é a organela onde ocorre a respiração celular.
A respiração celular é, em linhas gerais, uma queima controlada de substâncias orgânicas, por meio da qual a energia contida no alimento é gradualmente liberada e transferida ´para molécula de ATP.


Cloroplastos

Como as mitocôndrias, são delimitados por duas membranas lipoprotéicas. A membrana externa é lisa e a interna forma dobras para o interior da organela, constituindo um complexo sistema membranoso. Nesse sistema, destacam-se estruturas formadas por pilhas de discos membranosos, semelhantes a pilhas de moedas, cada um chamado de granum. Nas membranas internas dos cloroplastos estão presentes as fotossistemas, cada um delas constituídas por algumas moléculas de clorofila, reunidas de modo a formar uma microscópica antena captadora de luz. Nos cloroplastos ocorre a fotossíntese.
Autoria: Anidia Regina e Daniel Inácio

TAREFINHA DE CASA - Membrana

1. Descreva o modelo de mosaico fluído proposto por Singer e Nicholson para a estrutura da membrana plasmática.


2.  A membrana plasmática apresenta uma propriedade típica: a permeabilidade seletiva. No que consiste essa propriedade?


3. A membrana plasmática que delimita a célula permite a passagem seletiva de substâncias do meio externo para o meio interno da célula e vice-versa. O que se entende por transporte ativo e difusão
facilitada?
 


4. Sobre o mecanismo de transporte ativo, através da membrana celular, são feitas as seguintes afirmações:

I -    Para que moléculas sejam transportadas a partir de uma solução mais concentrada para uma menos concentrada, através da membrana celular, a célula deve despender energia, e isto é denominado transporte ativo.

II -   Dentre as diferentes substâncias que são, com frequência, transportadas ativamente através da membrana celular estão: aminoácidos, íons sódio, íons potássio, íons hidrogênio e vários monossacarídeos.

III -  O mecanismo básico envolvido no transporte ativo depende de transportadores específicos, que reagem de maneira reversível com as substâncias transportadas, sob a ação de enzimas e com consumo de energia.

Escreveu-se corretamente em:

a) I e II apenas
b) I e III apenas
c) II e III apenas
d) I, II e III
e) nenhuma delas



5. O que acontece quando as hemácias são colocadas em:

a)
Água destilada.
b) Solução hipertônica.  

    

sábado, 12 de maio de 2012

Citlogia - membrana


Citologia
A fronteira das células

No mundo de hoje, é comum pensarmos em um país como sendo uma porção de terra delimitada espacialmente das demais pela presença de uma fronteira. Vamos pensar no caso do Brasil. Estamos rodeados de mar em metade do nosso território e, na outra metade, fazemos fronteira terrestre com outros nove países da América do Sul. Em suas fronteiras, todos os países instalam uma alfândega, que é uma repartição governamental de controle do movimento de entradas e saídas das pessoas e de mercadorias para o exterior ou deles provenientes.
Com as células não é diferente. Cada uma delas tem uma “área de fronteira”, representada pela membrana plasmática e, nesta área, as células também possuem o seu “posto alfandegário”, as proteínas. Assim como nas aduanas das fronteiras entre os países, essas proteínas são as responsáveis pelo reconhecimento de substâncias vindas de dentro ou de fora da célula como, por exemplo, hormônios.
O trabalho realizado por uma célula é semelhante ao que acontece em uma fábrica, como a de televisores, por exemplo. Através de portões, dá-se a entrada de diversos tipos de peças destinadas as linhas de montagem. Para a fabricação e a montagem dos aparelhos, são necessários energia e operários habilitados. É preciso, ainda, um setor de embalagem para preparar a expedição do que é produzido e uma diretoria para comandar todo o complexo fabril e manter o relacionamento com o mundo externo. Tudo dentro dos limites representados pelo muro da fábrica.



A célula possui setores semelhantes aos de uma fábrica. Um limite celular, representado pela membrana plasmática, separa o conteúdo da célula, o citoplasma, do meio externo. O citoplasma, constituído por organoides e hialoplasma (ou citosol), um material viscoso representa o setor produtivo. Um núcleo contendo o material genético representa “a diretoria” da célula.

Os limites da célula viva

            Uma célula viva é um compartimento microscópico, isolado do ambiente por pelo menos uma barreira: a membrana plasmática. Está é uma película extremamente fina e delicada, que exerce severa “fiscalização” sobre todas as substâncias e partículas que entram e saem da célula.
Dada a relativa fragilidade da membrana plasmática, a maioria das células apresenta algum tipo de envoltório que dá proteção e suporte físico à membrana. Entre esses envoltórios destacam-se o glicocálix, presente na maioria das células animais, e a parede celulósica, presente em células de plantas e de algumas algas.



Se isolássemos uma célula de nosso corpo, notaríamos que ela esta envolta por uma espécie de malha feita de moléculas de glicídios (carboidratos) frouxamente entrelaçadas. Esta malha protege a célula como uma vestimenta: trata-se do glicocálix (do grego glykys, doce, açúcar, e do latim calyx, casca envoltório).


Diversas funções têm sido sugeridas para o glicocálix. Acredita-se que, além de ser uma proteção contra agressões físicas e químicas do ambiente externo, ela funcione como uma malha de retenção de nutrientes e enzimas, mantendo um microambiente adequado ao redor de cada célula. Confere às células a capacidade de se reconhecerem, uma vez que células diferentes têm glicocálix formado por glicídios diferentes e células iguais têm glicocálix formado por glicídios iguais.

Parede celulósica

As células vegetais possuem um envoltório externo, espesso e relativamente rígido: a parede celulósica, também chamada membrana esquelética celulósica;
Constituição da parede celulósica
A parede das células vegetais é constituída por longas e resistentes microfibrilas do polissacarídeo celulose. As microfibrilas celulósicas se mantêm unidas por meio de uma matriz formada por glicoproteínas (proteínas ligadas a açucares), hemicelulose e pectina (polissacarídeos).

A estrutura molecular da parede celulósica aplica o mesmo princípio do concreto armado, no qual longas e resistentes varetas de ferro estão mergulhadas em uma argamassa de cimento e pedras.
Na parede celular, as microfibrilas de celulose correspondem às varetas de ferro do concreto, enquanto as glicoproteínas e os polissacarídeos da matriz correspondem à argamassa.

Membrana celular
(membrana plasmática ou membrana citoplasmática ou plasmalema)

            Toda a célula, seja procarionte ou eucarionte, apresenta uma membrana que isola do meio exterior: a membrana plasmática. A membrana plasmática é tão fina (entre 6 a 9 nm) que os mais aperfeiçoados microscópios ópticos não conseguiram torná-la visível. Foi somente após o desenvolvimento da microscopia eletrônica que a membrana plasmática pode ser observada. Nas grandes ampliações obtidas pelo microscópio eletrônico, cortes transversais da membrana aparecem como uma linha mais clara entre duas mais escuras, delimitando o contorno de cada célula.

Constituição química da membrana plasmática

Estudos com membranas plasmáticas isoladas revelam que seus componentes mais abundantes são fosfolipídios, colesterol e proteínas. É por isso que se costumam dizer que as membranas plasmáticas têm constituição lipoprotéica.

A organização molecular da membrana plasmática
Uma vez identificados os fosfolipídios e as proteínas como os principais componentes moleculares da membrana, os cientistas passaram a investigar como estas substâncias estavam organizadas.

 O modelo do mosaico fluído

A disposição das moléculas na membrana plasmática foi elucidada recentemente, sendo que os lipídios formam uma camada dupla e contínua, no meio da qual se encaixam moléculas de proteína. A dupla camada de fosfolipídios é fluida, de consistência oleosa, e as proteínas mudam de posição continuamente, como se fossem peças de um mosaico. Esse modelo foi sugerido por dois pesquisadores, Singer e Nicholson, e recebeu o nome de Modelo Mosaico Fluido. 
Os fosfolipídios têm a função de manter a estrutura da membrana e as proteínas têm diversas funções. As membranas plasmáticas de um eucariócitos contêm quantidade particularmente grande de colesterol. As moléculas de colesterol aumentam as propriedades da barreira da bicamada lipídica e devido a seus rígidos anéis planos de esteróides diminuem a mobilidade e torna a bicamada lipídica menos fluida.

O modelo do mosaico fluído

Funções das proteínas na membrana plasmática

 As proteínas da membrana plasmática exercem grandes variedades de funções: atuam preferencialmente nos mecanismos de transporte, organizando verdadeiros túneis que permitem a passagem de substâncias para dentro e para fora da célula, funcionam como receptores de membrana, encarregadas de receber sinais de substâncias que levam alguma mensagem para a célula, favorecem a adesão de células adjacentes em um tecido, servem como ponto de ancoragem para o citoesqueleto.
  • Proteínas de adesão: em células adjacentes, as proteínas da membrana podem aderir umas às outras.
  • Proteínas que facilitam o transporte de substâncias entre células.
  • Proteínas de reconhecimento: determinadas glicoproteínas atuam na membrana como um verdadeiro “selo marcador”, sendo identificadas especificamente por outras células.
  • Proteínas receptoras de membrana.
  • Proteínas de transporte: podem desempenhar papel na difusão facilitada, formando um canal por onde passam algumas substâncias, ou no transporte ativo, em que há gasto de energia fornecida pela substância ATP. O ATP (adenosina trifosfato) é uma molécula derivada de nucleotídeo que armazena a energia liberada nos processos bioenergéticos que ocorrem nas células (respiração aeróbia, por exemplo). Toda vez que é necessária energia para a realização de uma atividade celular (transporte ativo, por exemplo) ela é fornecida por moléculas de ATP.
  • Proteínas de ação enzimática: uma ou mais proteínas podem atuar isoladamente como enzima na membrana ou em conjunto, como se fossem parte de uma “linha de montagem” de uma determinada via metabólica.
  • Proteínas com função de ancoragem para o citoesqueleto.

Transporte pela Membrana Plasmática 

A capacidade de uma membrana de ser atravessada por algumas substâncias e não por outras define sua permeabilidade. Em uma solução, encontram-se o solvente (meio líquido dispersante) e o soluto (partícula dissolvida). Classificam-se as membranas, de acordo com a permeabilidade, em 4 tipos:
a)      Permeável: permite a passagem do solvente e do soluto;
b)      Impermeável: não permite a passagem do solvente nem do soluto;
c)      Semipermeável: permite a passagem do solvente, mas não do soluto;
d)     Seletivamente permeável: permite a passagem do solvente e de alguns tipos de soluto (membrana plasmática).
A passagem aleatória de partículas sempre ocorre de um local de maior concentração para outro de concentração menor (a favor do gradiente de concentração). Isso se dá até que a distribuição das partículas seja uniforme. A partir do momento em que o equilíbrio for atingido, as trocas de substâncias entre dois meios tornam-se proporcionais.
A passagem de substâncias através das membranas celulares envolve vários mecanismos, entre os quais podemos citar:
1.      Transporte passivo: Osmose, difusão simples e difusão facilitada.
2.      Transporte ativo: Bomba de sódio e potássio.
3.      Endocitose e exocitose: Fagocitose, pinocitose.
1.Transporte passivo - também chamado de difusão é o mecanismo de passagem natural de pequenas moléculas através da membrana plasmática que ocorre sem gasto de energia. Em outras palavras, a difusão implica em movimentos moleculares aleatórios da molécula da substância pelos espaços intermoleculares da membrana ou em combinação com proteína carreadora, sendo que a energia geradora da difusão é a energia do movimento cinético normal da matéria.
Difusão Simples Este tipo de transporte passivo é classificado como o movimento cinético molecular de moléculas ou íons através de pertuito (passagem estreita) da membrana ou dos espaços intermoleculares, sem necessidade de fixação a proteínas carreadoras (condutoras ou carregadoras) da membrana. Sua velocidade é determinada pela quantidade existente da substância a ser transportada, pela velocidade do movimento cinético e pelo número de pertuitos da membrana através dos quais a molécula ou íon pode passar.
Pode ocorrer através da membrana por dois percursos: pelo interstício (intervalo entre uma célula e outra) da bicamada lipídica ou pelos canais aquosos de algumas proteínas de transporte. No primeiro caso, o fator mais importe para determinar com que rapidez uma substância irá atravessar essa bicamada lipídica é a lipossolubilidade (dissolução em gordura) da substância.
Mesmo a água sendo extremamente insolúvel nos lipídeos da membrana, ela atravessa facilmente a membrana celular; em parte, passando de modo direto, através da bicamada lipídica e, em sua maior parte, pelas proteínas de canal. Acredita-se que as moléculas de água sejam suficientemente pequenas e que sua,energia cinética seja grande o bastante para que elas possam, simplesmente, penetrar como projéteis na parte lipídica da membrana, antes que sua característica hidrofóbica consiga detê-las.

Difusão Facilitada - Este tipo de difusão, também chamada de difusão mediada por carreadores, implica a interação das moléculas ou íons com proteína carreadora que facilita sua passagem através da membrana, provavelmente por se fixar quimicamente a ela e se deslocar, através da membrana, nessa forma fixada.

Este tipo de difusão difere da anterior (da difusão simples) por um canal aberto do seguinte modo: embora a velocidade da difusão por um canal aberto aumente na proporção direta da concentração da substância difusora, na difusão facilitada à velocidade de difusão tende a um máximo, com o aumento da concentração da substância.

Osmose - A água é de longe, a substância mais abundante que se difunde através da membrana celular. Contudo, sob certas circunstâncias, pode desenvolver-se uma diferença de concentração para a água através de uma membrana, exatamente do mesmo modo que isso pode ocorrer para outras substâncias. Quando isso acontece, ocorre realmente, movimento efetivo de água através da membrana celular, fazendo com que a célula murche ou inche, dependendo da direção desse movimento efetivo. Esse processo de movimento efetivo da água, causado por diferença de concentração da própria água, recebe o nome de osmose.

2. Transporte Ativo ocorre quando a membrana celular transfere moléculas ou íons contra um gradiente de concentração, ou contra um gradiente elétrico ou de pressão.
Dentre as diversas substtâncias são transportadas ativamente, através das membranas celulares, encontram-se os íons sódio, potássio, cálcio, ferro,hidrogênio, cloreto, iodeto, urato, diversos açúcares e grande parte dos aminoácidos.
O transporte ativo depende de protínas transportadoras, que atravessam a membrana, de modo semelhante à difusão facilitada. No entanto, no transporte ativo, a proteína transportadora funciona de modo distinto, pois ela é capaz de transferir energia para a substância transportada, com o objetivo de que possa mover-se contra o gradiente eletroquímico.
Um dos mecanismos mais conhecidos e mais estudados de transporte ativo primário é a bomba de sódio e potássio,  proceso que bombeia os íons sódio (Na+) para fora, através da membrana celular, enquanto que, ao mesmo tempo, bombeia os íons potássio (K+) de fora para dentro da célula. Essa bomba é encontrada em todas as células do organismo e é responsável pela manutenção das diferenças de concentração de sódio e de potássio através da membrana celular, além de estabelecer um potencial elétrico negativo no interior das células.
Uma das mais importantes funções da bomba Na+/K+ é a de controlar o volume das células. Sem essa função da bomba, grande parte das células iria inchar até estourar. O mecanismo para o controle de volume é o seguinte: no interior da célula existe grande número de proteínas e de outros compostos orgânicos que não podem sair dela. A maior parte desses compostos possui carga negativa e, consequentemente, eles agregam íons positivos ao seu redor. Todas essas substâncias atuam deste modo, com o propósito de gerar osmose de água para o interior da célula; caso isso não fosse impedido, a célula iria inchar até estourar. No entanto, a bomba Na+/K+ impede que isso ocorra, bombeando três íons de Na+ para o exterior da célula, enquanto bombeia dois íons K+ para o interior.


Endocitose (Fagocitose e Pinocitose) e Exocitose

Apesar do nome complicado, esses são dois processos muito comuns no nosso corpo, que ocorrem constantemente dentro de nossas células. Assim como a Difusão Simples, Facilitada e a Osmose, esses são mecanismos de transporte de moléculas do meio intracelular para o extracelular e vice e versa.
A grande diferença entre os nomes acima é o tamanho das moléculas. Os tipos de Difusão e a Osmose transportam substâncias pequenas, capazes de passar pela membrana ou pelas proteínas transportadoras. Já na Endocitose e na Exocitose, é feito o transporte de moléculas maiores ou de maiores quantidades de material.
.Endocitose -É o processo em que a célula incorpora um material para depois diferi-lo. Pode ser de dois tipos: a fagocitose e a pinocitose. O primeiro está relacionado a partículas grandes como microrganismos e é realizado por muitos organismos unicelulares e macrófagos. Já o segundo tipo está relacionado a moléculas menores dissolvidas em água, sendo realizado por quase todas as células.
O material que é incorporrado fica numa vesícula que recebe o nome de fagossomo ou pinossomo, dependendo do tipo de endocitose. Em seguida essa vesícula se funde ao lisossomo que com a ajuda de suas enzimas, digere o material. Nesse processo, chamado de heterofagia, a vesícula recebe o nome de vacúolo digestivo. Geralmente o que é incorporado pela célula por endocitose vira alimento.
Exocitose - .Depois que o material incorporado é digerido, sobram alguns resíduos que precisam ser eliminados. É justamente isso o que a exocitose faz. Esse resíduo fica numa estrutura chamada vacúolo residual. Através da exocitose ele se funde a membrana plasmática e é eliminado da célula num processo chamado clasmocitose. Existem casos em que a célula elimina secreções que atuam em outras partes do corpo de seres multicelulares.




Bibliografia
Só biologia.com.br; infoescola.com; essaseoutras.com.br.